A importância de uma escolha consciente!
O dia 30 de Junho no Brasil foi o dia de uma Grave Geral. O dia onde trabalhadores e trabalhadoras do país pode diminuir ou cessar suas atividades para demonstrar descontentamento com a atual gestão nacional que foi fruto de um golpe político e midiático.
A primeira pergunta que um amigo me fez quando eu disse que eu iria ao ato foi:
- Por que você vai para as manifestações?
Prontamente respondi que iria porque eu estava insatisfeita com a série de medidas que o Governo Federal estava inescrupulosamente tentando adotar como a reforma na previdência, a reforma das Leis trabalhistas, o perdão bilionário das grandes mídias ( como a golpista que não hei de dizer o nome mas que todos sabem), um projeto de Lei que está em trâmite no congresso que prevê, dentre as mudanças colocar qualquer, isso mesmo, eu disse QUALQUER curso para ser totalmente a distância, sucateando ainda mais a educação e contra o sucateamento na área da saúde e do corte dos médicos dos programas Mais médicos. Enfim, respondi sobre uma série de itens obre as quais eu vejo e ouço todos os dias e que me deixam descontentes.
Após todo o meu discurso falando sobre a minha indgnação contra o atual governo ele me perguntou, mas Aninha, você já LEU algum desses projetos?
E eu fiz a egípcia e disse que não.
Então ele me respondeu:
- Como você pode ter uma opinião formada sobre uma coisa da qual você não conhece mas só ouve falar?
Foi nesse momento que eu tive um start! Ele tem razão!
Como eu, estudante do bacharelado interdisciplinar em saúde, sem nenhum tipo de conhecimento juridico, sem ter lido nenhum tipo de projeto sem saber de nada além de opiniões terceiras posso ir a uma manifestação protestar contra?
E quer saber? Eu fui mesmo assim, fui acreditando cegamente que o lado que eu tinha escolhido era o correto, que o lado na qual eu escolho travar as minhas lutas diárias é o lado do povo, é o lado bom. Fui acreditando somente nesse meu sentimento. Eu fui sendo uma massa de manobra da esquerda, do meu lado, lado esse que eu escolhi e escolho todos os dias. Mas não é porque eu escolhi um lado que tenho que acreditar nele cegamente, precisamos ler, nos instrumentalizar, criar uma opinião para ai sim defende-lá.
Mas nesse dia eu me senti como em um desenho em quadrinho:
